O diretor da Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica), Jaime Trevizan, afirmou que o laudo de local de crime que está sendo produzido determinará a dinâmica do homicídio da adolescente gestante E.A.S., ocorrido no dia 12 de março, em Cuiabá.
Segundo Trevizan, esse documento irá auxiliar a DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa), que investiga o caso, a descartar suspeitas equivocadas e assim afunilar a linha de investigação.
“Um caso como este, um caso de homicídio, emite-se vários laudos. No caso, a gente está falando do exame de DNA, e a dinâmica, que é o laudo do local de crime”, disse Jaime à imprensa.
“Esse laudo [do local do crime] vai ser uma peça importante para a Polícia Civil fechar esse quebra-cabeça. Ela vai ratificar alguns procedimentos, algumas linhas de investigação e orientar a descartar outras linhas”, acrescentou.
O diretor da Politec afirmou que devido à complexidade do caso, não é possível determinar prazo para entrega do laudo, porém disse que o documento deve ser finalizado “em breve”.
“É um caso bem complexo. A gente tem que levar em consideração tudo que aconteceu. Houve a ocultação de um cadáver, a pessoa foi encontrada enterrada, houve a limpeza do local”, disse.
“Tem alguns elementos que dificultam essa análise. O perito que está responsável pelo local tem que levar em consideração tudo isso e como essas peças vão se encaixar. É um trabalho minucioso. A gente não quer pressa. A gente quer um resultado bom, para que possa chegar na justiça”, completou.
O homicídio
O crime aconteceu na noite de quarta-feira (12), em uma casa no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá. Conforme as investigações revelaram até o momento, a adolescente foi atraída pela bombeira civil Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos, que ofereceu doações de roupas para a bebê.
Assim, a mulher convenceu a menor a fazer uma corrida por aplicativo até sua casa, e quando ela via as roupas, agrediu a vítima por trás com um mata-leão. Em seguida, a criminosa colocou um saco plástico na cabeça da menina, enrolou fios em seu pescoço, amarrou braços e pernas, e realizou a cesária com a vítima ainda viva.
Na tentativa de esconder o corpo, ela enterrou o corpo da menor no quintal da casa e depois foi aoo Hospital Santa Helena, para onde levou a filha recém-nascida da adolescente para o registro de nascido-vivo, como se fosse sua filha.
Entretanto, após suspeitas da médica que a atendeu, a Polícia foi acionada no hospital e Nataly foi presa. Na DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), ela confessou que matou E.A.S. e forçou o parto, cortando a barriga da vítima, pois queria a criança para si.
Além de Nataly, que segue detida, a Polícia chegou a prender três homens pelo caso, mas eles foram soltos.
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