O vereador eleito Rafael Ranalli (PL) afirmou que a Polícia Federal não tem provas para pedir a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por supostamente ter planejado um golpe de Estado.
Conforme o inquérito policial, Bolsonaro integra um grupo de 37 pessoas indiciadas por crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
O indiciamento aponta que o ex-presidente, em 2022, ajudou a planejar o assassinado do presidente Lula (PT), vice-presidente Geraldo Alckimin (PSB) e o do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O caso está sob análise de Moraes e, posteriormente, seguirá para a Procuradoria Geral da República (PGR). O órgão é responsável por decidir se o grupo será denunciado.
Ranalli, entretanto, considera que o indiciamento foi uma estratégia para reforçar a inelegibilidade de Bolsonaro.
“Acredito que não [será preso], porque são narrativas, não tem prova concreta. Vejo como mais um conjunto de narrativas, factoides visando corroborar a inelegibilidade do Bolsonaro haja vista a sua popularidade”, disse.
“Quando você recupera as falas do presidente Lula, ele fala ‘o Bolsonaro não pode voltar e temos que produzir as narrativas corretas’, então ele se denuncia. Espero muito mais até 2026 visando a inelegibilidade do Bolsonaro, mas cai por terra momento a momento”, acrescentou.
O vereador, ainda, criticou a formulação do indiciamento e o classificou como “apenas consultivo”.
“O inquérito policial fica a cargo de um conjunto de policiais e um delegado preside. Se for entendimento do delegado, ele tem poder de indiciar".
"A Justiça não fica refém do inquérito. Ele pode ser indiciado e não ser denunciado pelo Ministério Público, muito menos julgado pelo sistema judiciário, então o inquérito policial, infelizmente, é apenas consultivo”, completou.
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