O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT), por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), denunciou o vereador de Cuiabá, Paulo Henrique (MDB), por organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva, em razão dos indícios da sua atuação em conjunto com uma facção.
Paulo Henrique é acusado de participar de um esquema de lavagem de dinheiro para uma facção por meio de shows e casas de festas em Cuiabá.
Na denúncia, o Gaeco afirma que a organização criminosa movimentou cerca de R$ 20 milhões e pede o ressarcimento desse valor ao erário.
Foram denunciados também:
- José Maria de Assunção, fiscal da Secretaria Municipal de Ordem Pública (SORP) e assessor parlamentar que atuava com o vereador e outro fiscal no esquema de corrupção para flexibilização das fiscalizações realizadas em casa de shows e eventos em Cuiabá;
- José Marcio Ambrosio Vieira, “testa de ferro”, que recebia valores do esquema criminoso e repartia entre Paulo Henrique e José Maria, conforme as orientações do vereador;
- Rodrigo Anderson de Arruda Rosa, Agente de Regulação e Fiscalização da SORP, que beneficiava a facção na flexibilização das fiscalizações realizadas nas casas noturnas utilizadas para a lavagem de dinheiro;
- e Ronnei Antônio de Souza da Silva, proprietário do Quiosque do Xomano, que fazia pagamentos semanais para receber proteção fiscal do seu estabelecimento.
O processo tramita em segredo de justiça, mas foi noticiada na edição desta terça-feira (05) do jornal A Gazeta.
Paulo Henrique foi preso no dia 20 de setembro, alvo da Operação Ragnatella - Pubblicare, conjunta entre as forças federais e municipais de segurança. Ele foi acusado pelo juiz João Francisco Campos de Almeida, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) de ser o líder do esquema criminoso.
Cinco dias após a prisão, o vereador foi solto com uma série de medidas cautelares, como afastamento do cargo e uso de tornozeleira eletrônica.
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