O presidente da Aprosoja-MT (Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso), Lucas Costa Beber, afirmou que a pressão europeia contra o desmatamento no Brasil tem o objetivo de barrar a produção.
No ano passado a União Europeia aprovou uma lei que proíbe que os membros importem produtos provenientes de áreas com qualquer nível de desmatamento identificado até dezembro de 2020 - seja legal ou ilegal.
Esta semana o presidente da França, Emmanuel Macron, visitou o Brasil e trouxe de volta a discussão sobre desmatamento zero no país.
“A gente vê um discurso muito mais para barrar a nossa produção do que preocupado com o meio ambiente. Se eles realmente estivessem preocupados estariam dando exemplo, reflorestando e, principalmente, cuidando dos rios deles, que em sua maioria estão assoreados e poluídos”, disse à imprensa.
“Você pode sobrevoar o nosso Estado e ver que a gente preserva áreas que seriam planas, agricultáveis, diferente da Europa, do presidente Macron, que critica, mas lá eles só não plantam onde não é mecanizável, nem as APPs [Área de Preservação Permanente] dos rios eles preservam”, acrescentou.
O presidente ainda defendeu a legislação ambiental brasileira, alegando ser a mais moderna e restritiva do mundo, tanto para áreas de preservação da Amazônia quanto do Cerrado.
Segundo ele, todo desmatamento dentro da legalidade é apoiado pela Aprosoja.
“Se necessário, se a lei permitir e se o produtor tiver a área dele, acho que é justo ele poder fazer o desmatamento dentro do código ambiental”, afirmou.
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